





Nada Garante Nada [2022] por VÃO
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O dia nunca acaba quando morre. O tempo funciona de outro jeito. As coisas crescem e morrem em outro ritmo. De novo. Repete. Não foi só desta vez que mudou o mapa. Respiro junto com a memória de quem vem por de baixo. Da terra. Afinal, falo isso do ponto de vida do vivo. Era pra ser ponto de vista e saiu vida. Não percebia isso antes, percebo agora. A morte é matéria. Aquele dilema de falar da morte sendo viva. Almas penadas flutuam no ar. Usam um controle remoto. Estão em uma fase infinita. Um ciclo repetido. De novo. De novo. A ideia que a gente teve. O corre. Acabou. Nada faz sentido.
“nada garante nada” é uma ação coreográfica presencial. Uma ação contínua: construir e desconstruir uma paisagem. Uma criação em (des)construção infinita. Com a duração de 10 sessões, o espaço externo da Oficina Cultural Oswald Andrade na cidade de São Paulo é interferido através da sobreposição de camadas de papel, som, texto e movimento. O acontecimento presencial é também visto por telas de monitores que transmitem imagens captadas por câmeras dispostas pelo espaço. O som é escutado com fones de ouvido. Um compartilhamento da sensação de rasteiras ininterruptas que destroem o que recém foi construído. O desgaste e o encantamento de construir, sempre, de novo. Erguer algo que é derrubado mais uma vez. Assombro. Nada garante nada.
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+ infos em www.sitevao.com/escandalo-apresentacoes
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FICHA ARTÍSTICA
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Direção | VÃO
Criação e performance | Isis Andreatta, Julia Viana, Juliana Melhado e Patrícia Árabe
Figurino | Renan Marcondes
Pesquisa de voz e orientação de trilha sonora | Inês Terra
Criação de trilha sonora | Isis Andreatta, Julia Viana, Juliana Melhado e Patrícia Árabe
Espaço cênico | Renan Marcondes e VÃO
Ilustração mural | Lídia Ganhito e Emerson Freire (Estúdio Pavio)
Instalação de vídeo | Marcelo Moraes e André Zurawski
Foto | Mayra Azzi
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